terça-feira, 19 de março de 2013

Do meu pai

Não é afectuoso, foi sempre um pai ausente porque a grande paixão da vida dele sempre foi a empresa. Trabalho com ele há 13 anos e isso fez-me ama-lo mais, entende-lo mais mas também me afastou mais dele. Não tenho o melhor pai do mundo. Tenho um pai humano, com defeitos e com virtudes. Ensinou-me, ainda que sem dar por isso, a ser uma pessoa justa e honesta. A colocar a integridade acima de qualquer negócio. Ensinou-me a ser resistente, a não me deixar arrastar pelas contradições da vida, a lutar por aquilo que quero. Quando engravidei, sem estar casada, disse-me coisas terríveis, mas passado uns dias disse-me que aceitava, porque se a mão dele aceitou que ele não casa-se pela igreja ele também tinha que aceitar a minha decisão, e fez questão de fazer uma festa para formalizar a relação perante a família. Por tudo isto e por mais ainda, obrigado pai!

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