sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Infelizes

Confesso que não ouvia as declarações da Isabel Jonet, mas pelo que percebi foram muito infelizes, assim como foi infeliz a tentativa do fundador da AMI de querer entrar na política. É pena, que pessoas que que até tem um grande valor e uma participação tão positiva na sociedade portuguesa muitas vezes queiram ser mais... Não é por muitas pessoas viverem acima das suas posses que estamos na situação em que estamos, é porque o Estado viveu acima das suas possibilidades! Os particulares esses pagam pelos erros que cometeram, agora os políticos que nos colocaram a todos nesta situação a esses não foram imputadas qualquer responsabilidades....   

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Maternidade

Sei que sou mãe de 3.ª volta, sei bem a confiança que isso pode trazer, mas também sei que vai muito da pessoa e do médico/pediatra que acompanha a criança. Por exemplo o pediatra dos meus filhos não os via todos os meses e desvalorizava-me quase tudo e tinha sempre razão. Como sabem o meu mais novo esteve com varicela. Apanhou lá na escola, assim como muitos dos coleguinhas. Hoje manda-me um mail uma amiga minha que tem o filho na mesma sala a dizer que o filho começou com um bocado de febre, encontrou umas pintas na virilha, e o que fez ela? Foi a correr para o hospital!!! Nunca vi rapariga mais insegura, preocupada. Sei que o irmão morreu de cancro e que isso é uma experiência extremamente dolorosa e marcante, mas não é razão para achar que qualquer coisa é um drama. Aliás não vai ter mais nenhum filho não por questões económicas, mas porque diz que não consegue ter a mesma preocupação com outro filho. Há pessoas que gostam de complicar a vida....

Estou out

Desculpem mas estou sem paciência para escrever no blogue! Ando angustiada, rabugenta... Tenho uma festa a caminho no sábado e estou sem paciência e sem imaginação nenhuma. Será que não posso hibernar como os ursos?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O meu docinho

Ele ficou confuso de ter tido duas festas de anos, uma na escola e o jantar com a família mais próxima. Como vai ter outra no sábado já diz que tem 5 anos. Ele não ficou nada chateado de não ter tido quase nenhuma prenda de anos. Só queria era estar com os primos. Teve um bolo lindo feito pela tia com a ajuda dos primos. Esta a ficar com uma personalidade forte, mas poderá com dois irmãos mais velhos tudo vale para sobreviver. Obrigado minhas amigas pelas vossas mensagens!!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Amanha não venho

mas tenho uma desculpa muito boa: o meu tesouro mais novo faz 4 anos! Faz hoje 4 anos que o maridinho me foi levar a maternidade. Tive que ser internada no dia anterior porque já estava programada a cesariana e como foi na Maternidade tinha que ser assim. Lembro-me que chorei quando deixei os meus rapazes em casa com a avó paterna. Lembro-me de pensar que alguma coisa podia correr mal. Lembro-me de ter ficado num quarto com mais 3 senhoras: uma ia laquear as trompas, outra tinha feito um aborto voluntário e outra estava em observação. A essa rapariga acabariam por dizer, no dia seguinte, a frente de todas nos, que tinha um cancro nos ovários e que os tinha que retirar imediatamente. Lembro-me de pensar na dor daquela rapariga e da angústia com que perguntava a médica: e filhos? não vou poder ter filhos? E eu ali no meio, sozinha. Lembro-me de ter escrito um texto no telemóvel para o caso de me acontecer alguma coisa. Lembro-me de ter chorada quando algumas pessoas amigas me telefonaram.. Talvez porque maior que o amor que sentia pelo bebé que trazia era o amor que tinha pelos meus dois filhos. Talvez porque afinal não ia ter a tão desejada menina. E foi difícil admitir esse não amor.... Hoje esse filho completa-me! A menina já não faz falta. O amor estava mesmo ali, pronto a explodir mal aquela criatura indefesa sai da minha barriga! Amanha é um dia muito especial, não é SURICATE???

Do maridinho....

O maridinho não teve sorte nenhuma com a família. Do pai já teci aqui algumas considerações, e a única coisa positiva que posso dizer é que de valor o senhor só fez mesmo foi o filho!! A mãe, devido ao comportamento do pai durante a vida em comum, e mesmo depois, passou grande parte do tempo com depressões. Agora, embora já esteja reestabelecida, é uma pessoa extremamente ausente e mesmo fria. Não sei se tem noção disso, mas quase nunca telefona para o filho, somos nos que maior parte das vezes nos fazemos convidados ou a temos que a convidar lá para casa se a queremos ver. Sei que já me disse varias vezes que o faz porque não se quer impor na vida do filho como a sogra fez na vida dela, mas também o que é demais é demasiado. Podia ligar ao filho, convidar os netos lá para casa, ainda mais porque agora esta desempregada. Tem a viver com ela um sobrinho que foi criado por ela e quem ela trata como se fosse filho, mas a relação também não é assim das melhores! O resto da família quase não existe. Quer de um lado quer do outro são famílias que raramente se reúnem e passam a vida em conflitos. Conclusão o maridinho praticamente não tem ninguém a não sermos nos e talvez por isso é muito carente. Sei que ele gosta imenso de mim, e precisa de mim para substituir muitas ausências o que às vezes faz com que sinta que eu não faço o suficiente. Eu sempre sonhei acima de tudo ser mãe, admito que esses não seriam os seus objectivos de vida, acabou por ser arrastado... Mas também sei que foi nesta família que consegui encontrar a estabilidade que tanto procurava..... A minha vida sem ele não faz sentido mas às vezes é difícil desempenhar tantos papéis!

Casamentos/divórcios

Ultimamente parece que passei da fase dos casamentos para a fase dos divórcios. Uma das minhas grandes amigas separou-se. Já estavam divorciados legalmente há algum tempo porque o marido se tinha metido numas peripécias e precisaram de salvaguardar o património. Não que tenha sido grande surpresa, só mesmo ela é que não via que ele a sufocava! Uma rapariga cheia de charme, inteligência, fora de série completamente ofuscada por uma homem sem interesse nenhum, apagado, tacanho, etc... Estivemos juntas quase um ano a estudar no estrangeiro e quando teve a oportunidade de abrir asas e termos aproveitado resolveu permanecer sob o efeito do seu domínio. Finalmente, ao fim de quase 20 anos desta ditadura resolveu libertar-se. Mas eis que esta numa terra sem qualquer apoio familiar e de repente já não sabe o que fazer com essa liberdade, até porque os laços da maternidade são demasiados forte, mesmo para ela.
Há umas a par com problemas de interferência da família do marido no casamento, outras a par com problemas de dependência (álcool, drogas e mesmo facebook) e uma ainda com dificuldade em lidar com a ausência física do marido que se viu na obrigação de ir trabalhar para Angola.
E de repente a minha vida é um verdadeiro paraíso... mesmo com a dificuldade que temos em gerir as nossas prioridades (ele acha que eu dou demasiada atenção aos miúdos e eu acho que ele devia dar mais)! Mas isto é tema para outro post....

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Eu estou aqui....

Não fiz ponte, mas confesso que não fiz porque os meus mais velhos tem aulas! E para me animar comecei o dia com uma discussão. Já aqui disse que trabalho com família e em particular com o meu pai. Tarefa árdua.... Como todas a nossa família tem defeito e talvez o maior seja o de não saber discutir. A certa altura estamos todos aos berros, sem fazer sentido no que estamos a debater. Eu, talvez por isso, odeio discussões, e evito-as ao máximo. Talvez por isso acabo por engolir muita coisa que devia deitar cá para fora. Estou na empresa há 12 anos, e vivo praticamente quase desde essa altura com vontade de sair. E porque não o faço? Primeiro porque achei que is desiludir o meu pai, depois começaram a surgir os filhos. Hoje em dia há altura, como hoje, em que olho para mim como uma cobarde. Provavelmente outra pessoa na minha situação já tinha saído. Mas a verdade é que até hoje não me surgiu alternativa, e nem eu as criei, e o bem estar dos meus filhos tem sido mais importante do que a minha realização. Se alguma vez o vou fazer? Não sei... entretanto o meu mais velho escreveu uma composição em que diz que quando for grande quer vir trabalhar para a empresa. E perante isto o meu coração balança outra vez. O que é mais importante eles ou eu?? Sim sei que se eu não estiver contente eles também sofrem, mas sofrem mais se lhes faltar comida, roupa ou que seja a possibilidade de ter mais esperança....