quinta-feira, 24 de março de 2011

Não sei o que pensar

Confesso que estas situações me deixam angustiada... Como classe média que sou tenho sentido bastante quase todas as medidas que até agora foram tomadas: perdi o abono de família dos meus filhos (não era muito, mas sempre pagava as fraldas do mais pequeno), não vejo reflexos dos aumentos no meu salário, pois o pouco que aumenta é retido pelo IRS, e mesmo que digam que não as minhas contas no supermercado tem vindo a aumentar.... Pela primeira vez na minha vida comprei um electrodomestico a prestações (e foi porque precisei...). Não saio de férias há mais de 3 anos.
Felizmente sei que tenho um emprego estável, mas a verdade é que toda esta conjuntura tão não ajuda a que um empresa que esta bem se sinta "bem". É como ser uma pessoa saudável num hospital. Não estamos sempre a dizer: ai que bem que eu me sinto, vamos aumentar os ordenados para compensar o que os trabalhadores perderam!!! Não, o medo, a incerteza faz com que sejamos cautolosos e esta instabilidade ainda nos retrai mais. Porque os bancos não nos finaciam, porque não sabemos o comportamento dos mercados, porque não sabemos o que vai acontecer amanha ao preço da matéria-prima, porque estamos em Portugal e somos vistos como um país "inferior"...

3 comentários:

  1. Tens toda a razão, no panorama europeu somos uns " coitadinhos" que anseiam ser iguais ao mais ricos mas sem a mínima possibilidade para isso. Resta-nos ver o que acontece...bj

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  2. é complicado...tb tenho medo do que por aí vem...trabalho por conta própria e o marido tb ....um mes dá para os gastos no outro sobra , no outro falta....vamos tendo a sorte de sermos contidos em despesas, de almoçarmos sempre na mamy e sogra ...são grandes ajudas ...

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  3. Pois as coisas não estão nada fáceis, muitas vezes digo ao meu marido porque não vamos para fora, porque não vejo futuri nenhum para as minhas filhas aqui. Apesar de ter um emprego na função publica, não me sinto segura, primeiro porque todos os dias perdemos poder de compra e depois porque com a possível vinda da ajuda externa nunca se sabe naquilo que vão mexer. Mas uma coisa é certa, é minha intenção fazer ver ás minhas filhas que devem lutar pelo aquilo que querem e se isso passar por sair deste país, cá estou eu para apoiá-las. Desculpa o desabafo!

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