sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Das coisa tristes da vida

Já por aqui falei dos meus problemas! Não são muitos, felizmente mas faz com que apetece apontar uma pistola a cabeça de uma pessoa, porque de outra forma não conseguimos resolver o problema. Mas de repente há coisas que nos acontecem e que nos fazem perceber como as vidas podem ser tão mais difíceis que as nossas, mesmo com problemas mais "pequenos"!
Os meus pais tinham uma empregada há quase 40 anos. Começou a trabalhar lá em casa com 16 anos e eu não tinha ainda um ano. Durante muito tempo foi para mim uma pessoa que ali estava. Sim, claro é frio o que digo, mas a adolescência faz sentir que o mundo roda a nossa volta e como ela sempre ali esteve.... De alguns anos para cá comecei a senti-la como parte da família, quase uma mãe e se pensar bem foi o que ela foi para mim! Também porque de há uns anos para cá ela começou a sentir-nos como família. Os filhos foram trabalhar para o estrangeiro e a relação com o marido era complicada. Ia com os meus pais de férias para a Nazaré, estava sempre presente nas datas importantes.
Antes do Natal não lhe desejei boas festas e por isso liguei-lhe na Véspera de Natal. Estava já na cama a chorar porque tinha tido uns problemas. Minimizei, disse-lhe que para o ano ia passar a o Natal a nossa casa. Disse que sim! No dia seguinte tomou 3 comprimidos de veneno! E foi-se..... e de repente a nossa vida esta de pernas para o ar, porque ela era o nosso suporte, porque não percebemos o que estava mal, porque quando estava em nossa casa estava sempre feliz, porque tinha dito na semana anterior a médica de família que nos é que éramos a família dela e de repente ela já não esta ali.....

2 comentários:

  1. credo mulher que noticia triste :( de facto a cabeça de uma pessoa é um mistério muito grande ...é triste

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    1. Olá Sónia! Foi de facto uma história muito triste. Já passou um mês e eu ainda não acredito que seja verdade! Não consigo ir almoçar a casa dos meus pais. E agora damos conta que o nome dela surge em quase todas as nossas conversas. Porque a Fátima fazia assim, porque era ela que fazia isso, etc... O tempo passa e só nos damos mais conta da falta que ela faz!

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