Flexibilidade...

Depois de deitada cá para fora toda a raiva acumulado começo a ver nos outros blogues um certo arrependimento ou conformismo com a sua situação laborar.... Se me posso queixar? Se calhar não. Afinal sou filha do patrão, que maior flexibilidade eu posso querer??? Posso não querer chegar a casa às 18h30m e estar tão cansada que já não consigo responder aos pedidos de atenção do mais novo, ter que correr para fazer o jantar, para a seguir ir dar banho às crianças e ir a correr jantar, para ir a correr deita-los, para ir a correr sentar-me 1h a ver televisão e para ir a correr para a cama.... Sim o marido ajuda, mas nunca é em doses iguais. Nesta altua até tenho uma ajuda magnífica. Uma senhora que me trata quase como filha, que se preocupa com a minha casa como eu e que é amorosa com os miudos (essa sim coitada nem tempo tem para se queixar). Se teletrabalho resultava comigo? Talvez não porque aproveitava para ter os miudos mais tempo comigo, porque teria sempre alguma coisa que fazer em casa. Se o meu trabalho se poderia fazer em casa? Sem dúvida, mas a minha presença na empresa é mais do que o trabalho que faço, é um estatuto difícil de gerir, e por ter esta consciência era incapaz de encontrar no teletrabalho uma alternativa! E é esta gestão de sentimentos que tenho que fazer e ainda assim continuar a ser feliz.