Das mudanças

Ontem fui com o do meio ao psicólogo. Não sabia se havia de lhe dizer antes ou não, mas também não quis apanha-lo de surpresa e antes de ir para a escola disse-lhe. Reagiu logo mal, disse que não queria ir. Expliquei que o problema era meu, que íamos para eu saber como devia lidar com ele. Foi para a escola de mal comigo. Quando o fui buscar ao final da tarde já nem se lembrava. Voltei a explicar o que lá íamos fazer e foi de boa vontade. E no final adorou a conversa! O médico é um rapaz novo com um ar de rapazinho e com uma conversa/linguagem de adolescente! Depois de uma conversa a 3 onde expliquei as minha razões conversou um bocado sozinho com ele. No final disse-me que era um rapaz bem resolvido, com uma boa ligação a família mas com dificuldades de expressar os seus sentimentos e por isso se torna agressivo (canaliza os sentimentos para a agressividade). Que não lhe parecia que o problema fosse grave e com mais uma sessão devia conseguir descobrir a razão do comportamento. Fiquei tão aliviada por perceber que afinal estávamos a lidar bem com ele. Tenho sempre receio do síndrome do filho de meio. O mais velho é praticamente perfeito, um menino exemplar, sempre pronto a agradar, o mais novo é o mais novo e ele é um menino fantástico, com uma personalidade fora do vulgar: brincalhão, espertalhão, desperto para a vida! E se isto tudo se perde??? e se ele não se sente integrado? e se nos não soubermos lidar com esta forma de ser?